Qual a Diferença Entre os Idiomas Chinês, Japonês e Coreano?

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Key takeaways:
- Escrita: chinês (hanzi), japonês (kanji, hiragana, katakana) e coreano (hangul) têm sistemas de escrita distintos. O hangul coreano é um alfabeto fonético, considerado o mais simples de aprender, enquanto o hanzi chinês e o kanji japonês são ideogramas que exigem mais memorização.
- Gramática: a gramática do chinês é a mais simples, sem conjugação verbal e seguindo a ordem Sujeito-Verbo-Objeto (SVO), como no português. Já o japonês e o coreano são línguas aglutinantes, com estruturas de frase Sujeito-Objeto-Verbo (SOV).
- Pronúncia: o chinês é uma língua tonal, onde a mudança de tom altera o significado das palavras. O japonês tem acentos de pitch, enquanto o coreano não é tonal, com a entonação servindo apenas para ênfase ou perguntas.
- Vocabulário: coreano e japonês têm vocabulários influenciados pelo chinês (vocabulário sino-xênico), o que pode facilitar o aprendizado entre eles.
Quando falamos de idiomas asiáticos, é comum ficarmos em dúvida sobre qual a diferença entre coreano, japonês e chinês. Muitos pensam que elas são mundos completamente separados, mas elas têm um lado mais conectado do que você pode imaginar. Vamos descobrir como elas se relacionam e o que as torna tão especiais!
Diferença entre chinês, japonês e coreano – escrita
Podemos começar a falar da diferença entre coreano, japonês e chinês a partir do aspecto visual de seus sistemas de escrita.
O hanzi chinês tem traços precisos, detalhados e que são desenhados a partir de uma ordem fixa. Seu tempo de aprendizagem é alto, pois exige a memorização de centenas de milhares de ideogramas (falaremos sobre esse conceito mais adiante).
No japonês, há três sistemas de escrita. O kanji usa os mesmos ideogramas do hanzi. Já o hiragana possui linhas mais arredondadas e o katakana tem formas mais angulosas. A memorização do kanji é similar ao do hanzi, enquanto o hiragana e o katakana são mais rápidos de decorar.
O hangul coreano é visualmente mais simples e é caracterizado por blocos (que reúnem as sílabas da palavra). Fora isso, assim como no português, as palavras no coreano possuem espaço entre elas, diferente das outras duas línguas asiáticas.
Antes de nos aprofundarmos sobre as diferenças nos sistemas de escrita, confira essa tabela comparativa:
Idioma | Sistema de escrita | N° aproximado de símbolos | Exemplo |
Chinês | Hanzi |
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Japonês | Kanji + Hiragana + Katakana |
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Coreano | Hangul |
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Chinês - hanzi
A escrita do chinês acontece através do hanzi, o sistema de escrita mais antigo ainda em uso no mundo moderno, com mais de três milênios de existência.
O hanzi não usa letras de um alfabeto, mas sim ideogramas, que são símbolos que representam conceitos ou ideias. Esses símbolos já foram pictográficos, ou seja, desenhos representativos de objetos, e evoluíram para formas mais simplificadas. Usá-los é como encaixar peças de um quebra-cabeça.
Por exemplo, para escrever “amanhecer”, usa-se o ideograma que representa “sol” junto ao que significa “árvore”.
Cerca de 3.000 caracteres do hanzi são utilizados no dia a dia, mas estima-se que existam aproximadamente 100 mil. Para escrevê-los, é preciso desenhar os traços numa ordem correta e fixa.
Além disso, há dois estilos principais de escrita: o simplificado (usado na China continental, Singapura e Malásia) e o tradicional (usado em Taiwan, Hong Kong e Macau). A simplificação consiste em reduzir traços para facilitar a escrita e a leitura. No hanzi tradicional, “葉” (folha) tem menos traços que “叶”, que quer dizer o mesmo na versão simplificada.
Já a leitura e escrita do chinês são da esquerda para a direita e de cima para baixo.
Nota rápida: quando falamos “chinês” aqui no texto, estamos nos referindo ao mandarim, que é a variedade mais falada e também a oficial na China. Mas vale lembrar que o termo “chinês” engloba vários outros dialetos, como o cantonês e o shanghainês.
Japonês - kanji, hiragana e katakana
O japonês tem uma escrita mais complexa que o chinês, pois combina três sistemas: o kanji, o hiragana e o katakana.
O kanji tem origem chinesa. Nele são usados os mesmos caracteres do hanzi, logo, assim como o sistema chinês, também é composto por ideogramas. Porém, embora compartilhem a mesma origem, o kanji e o hanzi têm pronúncias completamente diferentes, o que faz com que eles não sejam compreendidos mutuamente na fala.
Os ideogramas do kanji são usados na maioria dos radicais das palavras e são essenciais para a língua porque o japonês tem um número menor de sons. Sem o kanji, haveria muitos homônimos, o que dificultaria a compreensão de textos escritos.
O kanji de uso comum, conhecido como jōyō kanji, possui cerca de 2.000 caracteres e é ensinado nas escolas japonesas.
Já o hiragana é um silabário com 46 caracteres. Ele permite transcrever sons. Além disso, é usado em palavras nativas japonesas que não possuem representação no kanji. É a forma mais comum e básica da escrita japonesa.
O hiragana também é usado para representar partículas no japonês. Partículas são pequenas palavras que vêm depois de substantivos, verbos ou frases para indicar a função daquela palavra na oração. Quer dizer, o hiragana mostra na frase o que é o tópico, o sujeito, os objetos, etc.
Por fim, o japonês conta com o katakana, que, assim como o hiragana, é um silabário de 46 caracteres. Ele foi desenvolvido a partir de partes menores de caracteres do kanji. Esse sistema é utilizado para o vocabulário de origem estrangeira (como nomes próprios e países) e para dar ênfase às palavras, como um CAPS LOCK.
Vamos a um exemplo de uso dos sistemas usando a palavra “amor”:
- 愛 representa o conceito de amor no kanji e tem som de [a.i]
- ひらがな é a transcrição do som [a.i] em hiragana, não tem significado próprio.
- カタカナ, em katana, é usado para descrever a palavra “amor” (estrangeira, pois é do português) e lida como [a.mo.ru] (pois o som da consoante “r” no japonês precisa sempre de uma vogal).
Os três sistemas são usados ao mesmo tempo, com frequência. Vamos analisar o exemplo a seguir:
私はコンピュータを使います。(Watashi wa konpyūta o tsukaimasu) = Eu uso o computador.
Nessa frase temos:
- 私 (watashi) → “eu” → KANJI
- は (wa) → partícula que indica tópico da frase → HIRAGANA
- コンピュータ (konpyūta) → “computador” (palavra estrangeira) → KATAKANA
- を (o) → partícula que indica o objeto direto → HIRAGANA
- 使 (tsuka) → raiz do verbo “usar” → KANJI
- います (imasu) → indica a flexão/verbo auxiliar → HIRAGANA
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Coreano - Hangul
O hangul nasceu em 1446, criado pelo rei coreano Sejong, o Grande, para substituir o hanja (sistema de escrita que também nasceu a partir do chinês hanzi). Trata-se do alfabeto oficial usado nas duas Coreias hoje.
Com 24 letras, sendo 14 consoantes e 10 vogais, a estrutura do hangul se assemelha ao alfabeto latino, pois cada símbolo representa um som.
O objetivo do hangul foi alavancar a alfabetização dos coreanos, por esse motivo sua absorção é simplificada. Suas consoantes foram desenhadas para imitar a posição que a língua faz durante a pronúncia.
Por exemplo, ao pronunciar a consoante “ㄱ” (som de ‘g’), a parte de trás da língua se eleva até o fundo da boca, formando naturalmente a mesma forma do símbolo ㄱ.
Outro facilitador é que cada letra no hangul faz apenas um som. Então o som de “a” é sempre escrito como “ㅏ”. É diferente do português, onde, por exemplo, a letra “c” tem som de /s/ antes de “e” e “i” (como em “cena” e “cidade”) e som de /k/ antes de “a”, “o” e “u” (como em “casa”, “copo” e “cultura”).
Como dissemos anteriormente, o hangul sucedeu o hanja. Hoje, o hanja pode aparecer em materiais mais formais ou literários, para diferenciar palavras que soam igual ou para dar um efeito visual. No entanto, seu uso também diminuiu gradualmente ao longo do tempo.
Diferença entre coreano, japonês e chinês na romanização
Quando estamos estudando a diferença entre coreano, japonês e chinês, é comum usar a romanização dessas línguas. Esse processo consiste em escrever os sons do chinês, japonês ou coreano usando o alfabeto latino. A romanização serve para facilitar a leitura, a pronúncia e a digitação para quem ainda não conhece os sistemas de escrita originais.
- Pinyin é o nome dado à romanização oficial do chinês. Exemplo: 汉字 → hànzì
- Rōmaji é a romanização do japonês. Exemplo: 日本語 → Nihongo (língua japonesa, na tradução)
- Em coreano não há um termo popular específico, mas há a Revised Romanization of Korean (Romanização revisada do coreano), abreviada como “RR”. Exemplo: 한글 → hangul
Diferença entre chinês, japonês e coreano – gramática e pronúncia
A diferença entre chinês, japonês e coreano também está na estrutura gramatical e na pronúncia. Vamos analisar caso a caso!
Chinês
Dentre as línguas que estamos estudando, o chinês possui a gramática mais simples. A estruturação de frases segue a ordem Sujeito-Verbo-Objeto, como no português, o que a torna mais intuitiva para nós.
Outro aspecto marcante do chinês é a ausência de conjugações e flexões verbais e preposições. Ao invés de alterar a forma dos verbos ou usar prefixos e sufixos, o chinês usa palavras adicionais para indicar o tempo e outras nuances.
Por exemplo, 吃 (chī) pode significar “como”, “comi” ou “comerei” dependendo do contexto.
Em relação ao sistema de honoríficos, formas gramaticais indicam respeito e status social na comunicação, o chinês é mais simples também. O respeito é indicado principalmente por palavras de cortesia, títulos ou construções formais.
Quando falamos de pronúncia, o chinês possui uma característica importante: trata-se de uma língua tonal. Isso quer dizer que o significado de uma palavra pode mudar drasticamente dependendo do tom da pronúncia.
No idioma, há quatro tons principais e um tom neutro. Aqui vai um exemplo:
Tom | Exemplo | Característica da pronúncia |
Constante | 妈 mā (mãe) | Aguda e constante |
Crescente | 麻 má (cânhamo) | Início grave e terminação aguda no fim |
Decrescente-crescente | 马 mǎ (cavalo) | Início grave e depois fica ainda mais grave e termina um pouco mais agudo |
Decrescente | 骂 mà (censura) | Início agudo e terminação grave |
Ouça aqui a pronúncia desses tons na prática:
Japonês
O japonês é uma língua aglutinante, ou seja, as palavras são formadas pela junção de vários afixos a uma raiz, sendo que cada afixo expressa uma função gramatical clara e distinta.
Por exemplo, a raiz do verbo tabe- (“comer”) pode se tornar tabetakunai (“não quer comer”, 食べたくない) ao adicionar -taku (desejo) e -nai (negação).
Outro exemplo é tabetakunakatta (“não quis comer”, 食べたくなかった), adicionando o marcador de passado -ta a tabetakunai.
A estruturação das frases é Sujeito-Objeto-Verbo (SOV), com a regra de que os verbos devem estar no final da frase.
Diferente do chinês, o sistema honorífico japonês, chamado de keigo (敬語), é bastante complexo. Ele envolve mudanças verbais, pronomes e vocabulário, dependendo de quem fala, com quem fala e sobre quem se fala.
O keigo se divide em algumas categorias principais, como sonkeigo (linguagem de respeito usada para elevar a pessoa sobre a qual se fala), kenjōgo (linguagem humilde, usada para rebaixar a si mesmo ou suas ações em sinônimo de respeito) e a teineigo (linguagem polida usada com desconhecidos e situações formais).
Ao contrário do chinês, o japonês não é uma língua tonal, ele possui apenas acentos de pitch (acentos tonais lexicais).
A diferença é que no chinês cada sílaba tem um tom fixo que muda o significado da palavra. Se você errar o tom, você fala outra palavra totalmente diferente.
No japonês, o que importa é onde a palavra sobe ou desce em altura, não cada sílaba isolada. A posição da queda distingue o sentido de algumas palavras que, visualmente, são idênticas, como はし (hashi):
- HAshi (alto-baixo) → hashi (utensílio usado para comer)
- haSHI (baixo-alto) → ponte
Além disso, o japonês tem apenas cinco sons de vogal, e cada um deles é bem estável, sem grandes variações como acontece no português (onde o “e” soa diferente em “perigo” e em “perto”).
Há ainda na maioria das sílabas uma consoante seguida de vogal, o que deixa as sílabas mais curtas. Com o acento de pitch, isso dá ao japonês uma sonoridade regular, cadenciada, quase “cantada”.
Coreano
Já a gramática do coreano se assemelha à japonesa em muitos aspectos, porém é considerada mais simples. O coreano também é uma língua aglutinante e a cuja ordem das frases é Sujeito-Objeto-Verbo.
Além disso, o coreano também tem um sistema honorífico complexo, onde o nível de polidez influencia diretamente a terminação verbal e o uso de pronomes e títulos. No japonês, mudar de nível de respeito pode envolver verbos completamente diferentes; no coreano, normalmente basta alterar a terminação verbal.
Diferente do chinês e do japonês, o coreano não é tonal. A altura da voz serve só para indicar perguntas ou ênfase, sem mudar o significado.
A pronúncia do coreano é mais difícil do que a do japonês. O coreano tem algumas sílabas complexas, como vogais compostas e consoantes sintéticas, que muitas pessoas acham difícil quando tentam praticar a pronúncia coreana pela primeira vez.
Por outro lado, como dissemos antes, o sistema de escrita hangul é fonético, ou seja, cada símbolo representa um som específico. Isso facilita a aprendizagem da pronúncia, pois a correspondência entre grafia e som é direta.
Podemos fazer a seguinte relação entre esses idiomas:
Aspecto | Chinês | Japonês | Coreano |
Ordem das palavras | SVO | SOV | SOV |
Tons / Acentos de pitch | Tonal: cada sílaba tem tom que muda o signficado | Acento de pitch: altura relativa da palavra distingue algumas palavras | Não tonal: a entonação serve apenas para marcar perguntas ou ênfase, sem mudar o significado |
Sistema de polidez / honoríficos | Respeito indicado por palavras formais ou títulos; sistema simples. | Sistema complexo (keigo) que altera verbos, pronomes e vocabulário. | Sistema de polidez baseado em terminação verbal e pronomes. |
Diferença entre coreano, japonês e chinês no Vocabulário
Tanto o japonês quanto o coreano adotaram e adaptaram caracteres chineses em seus sistemas de escrita, refletindo uma forte influência histórica e cultural da China.
Por isso, muitos kanji e hanja possuem significados semelhantes aos hanzi correspondentes, mas suas pronúncias são diferentes em japonês e coreano.
Exemplo:
- Hanzi (chinês): 学 (xué) → significa “estudar/aprender”
- Kanji (japonês): 学 (gaku / manabu) → “estudar/aprender”
- Hanja (escrita coreana anterior ao hangul): 学 (hak) → “estudar/aprender”
Contudo, em muitos casos podem existir "falsos cognatos" onde o mesmo caractere tem significados diferentes. Por exemplo, "娘" significa "mãe" em chinês, mas "filha" em japonês.
Diferença entre chinês, japonês e coreano com base em aspectos culturais
Também podemos marcar a diferença entre coreano, japonês e chinês pelo modo como essas línguas lidam com os níveis de polidez e pelas expressões idiomáticas.
Níveis de Polidez e Formalidade
Chinês
Em comparação com o coreano e o japonês, a expressão da polidez e formalidade do chinês é mais simples. Não há um sistema honorífico tão complexo como o dessas línguas e a polidez é demonstrada através do vocabulário e do contexto.
Japonês
O japonês, por outro lado, possui um sistema complexo para demonstrar respeito. Como vimos, o keigo é um sistema que divide a linguagem em três categorias principais (humilde, respeitosa e polida).
A aplicação dos honoríficos é influenciada pelo conceito de Uchi–Soto, que significa a distinção entre “dentro” (uchi: família, grupo, círculo próximo) e “fora” (soto: estranhos, pessoas de fora), que guia a forma de falar e agir no Japão.
A escolha do honorífico depende da idade, status, experiência e relação entre o falante e o ouvinte.
Exemplos de honoríficos e uso em japonês:
- "-san" (さん): é o sufixo honorífico mais comum e seguro, equivalente a "Sr./Sra./Srta."
- "Senpai" (先輩): usado para colegas mais velhos ou seniores na escola/trabalho.
- "Sensei" (先生): significa "professor", mas também é usado para médicos, políticos, advogados e outras figuras de autoridade, indicando alto nível de domínio em certas habilidades.
Na comunicação empresarial japonesa, também há honoríficos: clientes recebem sufixos como -sama e superiores títulos como Buchou.
O uso incorreto de honoríficos pode causar uma má impressão e até ofender o ouvinte. Há regras bastante específicas em relação à sua aplicação e a omissão deles indica intimidade.
Coreano
O coreano também tem um sistema de tratamento e níveis de fala que influenciam a conjugação verbal, variando de acordo com quem você está falando e a situação. Embora seja mais simples que o japonês, é uma parte essencial da gramática.
Exemplos de honoríficos e uso em coreano:
- 선생님 (seonsaengnim) = professor(a), mas também usado de forma honorífica para chamar alguém com respeito.
- 님 (nim) = sufixo honorífico, parecido com o japonês -sama.
Assim como no japonês, a escolha da conjugação verbal também reflete a formalidade e polidez no coreano. Por exemplo, "사랑해요" (informal educado) vs. "사랑합니다" (formal educado) para "eu amo"
Fora isso, no contexto empresarial coreano, o uso do hanja em documentos e comunicações pode aumentar o nível de formalidade e seriedade.
Expressões idiomáticas
Um fato curioso sobre as expressões idiomáticas tradicionais no chinês, japonês e coreano é que geralmente elas são escritas em quatro caracteres. Essa similaridade de formato acontece porque o modelo chinês serviu de base para o japonês e o coreano.
Chinês
Os chengyu (成語, "frases feitas") são expressões idiomáticas tradicionais chinesas, a maioria com quatro caracteres. São consideradas a sabedoria coletiva da cultura chinesa, contendo experiências, conceitos morais e advertências de gerações passadas.
Derivados da literatura clássica, os chengyu são mais do que a soma de seus caracteres: são cápsulas de sabedoria, transmitindo a essência de mitos e histórias antigas. Para decifrá-los, é essencial conhecer o contexto cultural e histórico, pois o significado de cada expressão está profundamente enraizado nessas narrativas.
Exemplo:
- "破釜沉舟" (pò fǔ chén zhōu, "quebrar as panelas e afundar os barcos") significa "fazer um esforço total para alcançar o sucesso, eliminando o recurso ou o apoio".
Japonês
No japonês, os yojijukugo (四字熟語, "idiomas de quatro caracteres") são o formato similar ao chinês. Muitas expressões foram adotadas de suas contrapartes chinesas, mantendo o mesmo ou similar significado.
Exemplo:
- "一石二鳥" (isseki nichō, "uma pedra, dois pássaros") é similar ao provérbio em português "matar dois coelhos com uma cajadada só".
Coreano
O equivalente coreano das expressões de quatro caracteres são os sajaseongeo (사자성어).
Exemplo:
- 千里之行 (천리之行, cheon-ri-ji-haeng) → “Uma jornada de mil li começa com um passo”. Aqui, “li” é uma unidade de distância tradicional chinesa e coreana.
Dicas Práticas para aprender dois idiomas ao mesmo tempo
O cérebro humano foi feito para aprender idiomas. Assim, aprender duas línguas, apesar de desafiador, é também muito divertido e gratificante.
Esse processo exercita as funções cerebrais, estimula a memória e desenvolve habilidades de organização e multitarefas.
Aqui vão algumas dicas para facilitar seu aprendizado do japonês, chinês e coreano se você quer as estudar ao mesmo tempo:
- Separe os horários e contextos: evite estudar duas línguas na mesma hora. Divida o tempo que você tem disponível em dois períodos para que sua memória não confunda vocabulário e gramática. Além disso, poliglotas também sugerem ter um idioma principal como foco e outro em ritmo mais leve, para não se confundir.
- Seja paciente e constante: aprender línguas asiáticas leva anos, então trata-se de um investimento a longo prazo. Pequenos estudos diários, mesmo curtos, acumulam progresso. A paciência e a constância são essenciais para avançar gradualmente e manter a motivação.
- Use associações visuais e culturais: não foque apenas na gramática. Associe palavras a imagens, músicas, filmes ou situações culturais de cada língua. Isso ajuda a fixar o vocabulário e também evita confusões entre os idiomas, já que cada um passa a ter um “ambiente mental” próprio na sua memória.
Alcançar a fluência em coreano, chinês e japonês é um objetivo ambicioso. No entanto, as conexões históricas e culturais entre esses idiomas, em particular o vocabulário sino-xênico (palavras chinesas adotadas por outras línguas) e o uso de caracteres, criam uma base sólida para quem deseja aprendê-los de forma simultânea ou em sequência.
O conhecimento de um idioma pode reduzir a dificuldade de outro, principalmente na escrita e no vocabulário.
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Conclusão
Aprender chinês, japonês ou coreano é uma jornada desafiadora, mas extremamente recompensadora. Com suas conexões históricas e lógicas de vocabulário, o conhecimento de um idioma pode ser a chave para desvendar o outro.
Ao se dedicar a esse processo, você não só exercita sua mente, mas também abre portas para uma compreensão mais profunda de culturas fascinantes!
FAQ
Qual língua é mais difícil, coreano, japonês ou chinês?
A dificuldade de aprender coreano, japonês e chinês varia conforme seus níveis de habilidades e prioridades individuais. O coreano tem a escrita mais simples, o japonês a pronúncia mais fácil e o chinês a gramática menos complexa. A língua “mais fácil” ou “mais difícil” depende do que você considera mais desafiador.
Qual a língua asiática mais falada?
A língua asiática mais falada é o mandarim, dialeto chinês, com mais 1,3 bilhão de falantes. O mandarim é a língua oficial da China e de Taiwan, além de ser uma das línguas oficiais de Singapura. Seu uso amplo se deve à grande população chinesa e à crescente influência global do país.
Qual idioma asiático é mais fácil?
Para falantes de português, o idioma asiático mais fácil é o indonésio. Sua gramática é simples, sem conjugações verbais complexas e a pronúncia está ligada à ortografia das palavras. Além disso, assim como o português, o alfabeto utilizado é o latino.
Dá para estudar mais de um idioma asiático mesmo tempo?
Sim, é possível, desde que você organize bem o tempo e estabeleça prioridades. O ideal é ter um idioma principal como foco e outro em ritmo mais leve, para não se confundir. Com disciplina e paciência, dá para avançar em mais de um ao mesmo tempo.
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